Pesquisar neste blog

segunda-feira, 2 de junho de 2014

BYOD: Estamos realmente preparados?

De acordo com a matéria publicada no dia 30 de Maio de 2014 pela Computerworld, sob título "BYOD: Saiba como se preparar para os benefícios da mobilidade" que trata de um assunto que não é recente, mas uma tendência que vem tomando uma enorme proporção no dia-a-dia das empresas. A Sigla BYOD (Bring Your Own Device, ou Traga seu próprio dispositivo) começa a despertar nas empresas uma enorme preocupação. Segue abaixo alguns questionamentos muito importantes que devemos nos fazer:

  • A nossa empresa está realmente estão preparada para receber essa tendência?
  • Nossa infraestruturas, softwares de segurança estão adaptados para esse tipo de situação? 
  • Nosso suporte técnico tem expertise para atender essa diversidade de tecnologias?
  • A nossa empresa tem orçamento para investir em sistemas de segurança para gerenciar esses dispositivos? 
  • Nossa empresa tem uma política de segurança atualizada e bem definida?
  • Será que proibindo os funcionários de usar seus próprios dispositivos é a solução? ou liberar o uso é uma vantagem para a corporação? 
  • Será que existe uma única solução no mercado que possa controlar todos os tipos de dispositivos móveis (tablets, smartphones, notbooks, etc...) de forma centralizada?


São muitas as questões referente ao assunto, mas ficam algumas dicas, brevemente resumidas, que não precisam de investimento algum, mas que podem ajudar a evitar uma série de problemas:

  • Crie uma política bem definida para uso dispositivos móveis;
  • Divulgue, comunique sua política via intranet, via e-mail; 
  • Homologue os dispositivos que serão suportados;
  • Homologue os softwares que podem ser usados dentro da rede;
  • Use sistemas de autenticação com criptografia forte;
  • Limite o acesso de dispositivos móveis somente aos recursos necessários e com autenticação forte;
  • Procure orientar, conscientizar os usuários a sempre checar e estar com softwares antivírus atualizados;
  • Procure negociar com seu fornecedor de antivírus, eles sempre tem descontos especiais para usuários domésticos;
  • Crie documentos informativos de fácil acesso e entendimento aos colaboradores, lhes orientando sobre os corretos procedimentos de configuração para os diferentes tipos de dispositivos, isso evita muitas vezes uso desnecessário de recursos humanos (suporte técnico interno da empresa);

Para quem quer se aprofundar mais a respeitos dos riscos, segue link para o artigo "Especialistas alertam para riscos do BYOD sem uma política de segurança".

Aproveitem abaixo a leitura do artigo BYOD: Saiba como se preparar para os benefícios da mobilidade.


Alinhar as expectativas do novo estilo de trabalho com as prioridades de negócios requer melhor gestão dos recursos humanos e técnicos.

Os empregados querem trabalhar com seus aparelhos móveis, obrigando as empresas a estabelecerem políticas para gerenciar a onda do "traga seu próprio dispositivo" (BYOD). É hora de alinhar as expectativas do novo estilo de trabalho com as prioridades de negócios.

A grande variedade de dispositivos móveis obriga a TI a adotar sistemas para controlar os custos, segurança e desenvolver um novo conjunto de políticas que permitam algumas liberdade, sem prejudicar os negócios.

A padronização é semelhante à indústria da moda. Em ambos, a mudança é constante. Portanto, faz sentido para as empresas serem ágeis e darem respostas rápidas. "As companhias precisam estabelecer as melhores práticas para que essa transição seja tranquila ", orienta Ken Dulaney, vice-presidente de pesquisa na área de computação móvel do Gartner.

Para capacitar esse novo trabalhador móvel, as empresas precisam ser mais pró-ativas e reforçar as políticas em três áreas gestão, segurança e entrega de aplicativos.


As políticas na era da BYOD

Para que a migração para a mobilidade seja mais suave, os especialistas do setor recomendam levar em conta dois aspectos da política: o fornecimento e uso dos dispositivos.

Quando se trata de fornecimento de dispositivos, a boa notícia é que com ou sem a estratégia de BYOD, os funcionários estão dispostos a terem o direito de comprar o aparelho de sua escolha.

Os especialistas concordam que não há solução única para a prática do BYOD. Mas há dois modelos mais adotados pelas empresas. O primeiro é o em que os empregados arcam com os custos dos dispositivos e o outro em que a empresa paga uma parte dos gastos.

Independentemente da opção, as empresas são obrigadas a se colocar à disposição dos funcionários para pagar parte de seus dispositivos, planos de serviço e até mesmo aplicativos, aconselha Ted Schadler, analista da Forrester Research.

O ideal para o consumidor de tecnologia, segundo a Nationwide Insurance, empresa com 40 mil funcionários, é manter BYOD sem custos adicionais. Na companhia, um quarto dos funcionários é recompensado pelo uso de seu dispositivo pessoal. Eles recebem reembolso para a compra de um novo smartphone de sua escolha quando o contrato atual termina.

Na seguradora a plataforma padrão era smartphones BlackBerry. Agora com o BYOD todos funcionários são livres para adquirir um plano de dados ou dispositivo de sua escolha e solicitar o acesso à rede corporativa. Para administrar essa base, a companhia adotou uma plataforma de gestão de plataforma móvel (MDM). Dos quatro mil usuários, mais de mil se beneficiaram pelo BYOD.

A protecção de dados é a preocupação número um das organizações. Os usuários concordam com os termos de uso dos dispositivos móveis quando se inscreverem no BYOD. Os especialistas afirmam que é importante estabelecer políticas de responsabilidade compartilhada e conscientizar os empregados de que a empresa tem o direito de suspender o uso de um dispositivo quando as regras não são cumpridas. Além disso, os usuários devem usar senhas e criptografia.


Reforço da gestão 

A abordagem de MDM anda de mãos dadas com o BYOD. Trata-se de uma ferramenta chave para a empresa monitorar, supervisionar e gerir a experiência móvel, garantindo a segurança dos dados de negócios e propriedade intelectual. O Gartner estima existir atualmente cerca de 60 fornecedores de ferramentas MDM.

As plataforma de MDM possibilitam que as empresas suportem a grande diversidade de dispositivos, estabeleça políticas de segurança e conformidade das aplicações e conteúdos. São ferramentas que fazem a gestão de inventário, distribuição de software, informação e serviço de gerenciamento de TI.

Os executivos de TI devem se lembrar que, embora as ferramentas sejam importantes, é essencial que as políticas funcionem para a empresa e o usuário. Em outras palavras, se você bloquear ou impor muitas limitações, o modelo pode não funcionar.

O BYOD bem implementado, orientado para o consumidor de tecnologia promove uma nova relação entre o empregado e a empresa. Portanto, capacitar os funcionários para esse movimento é a melhor alternativa para a organização.

Os usuários de dispositivos móveis sabem o que é bom e como podem ajudar a empresa, destaca a Forrester. E, eles estão dispostos a fazer isso. Além disso, a pesquisa mostra que os empregados que abraçam o BYOD, melhoram processos de trabalho e produtividade.

“Quando surgiu, o conceito de consumerização causou muito desconforto. Mas aprendemos que o processo de mudança é interativo e não tem que ser 100%. Tem que ser aceitável", diz Bob Burkhart, diretor de tecnologia e inovação da Nationwide.


Controle das aplicações móveis

Nesta nova realidade, um smartphone é apenas um pequeno PC. Assim, seu valor vem de sua capacidade de executar aplicativos. Isso significa que uma empresa terá agora uma mistura de back-end de TI liderado e conduzido por aplicações front-end-empregados. Para isso, companhias têm que tomar decisões sobre aplicações móveis e explorar o uso de cada uma delas.

As empresa também têm que portar as principais aplicações que os usuários desejam acessar em seus dispositivos móveis, como email e web colaborativa, portal de empregado, conteúdo ou arquivos. Deve preparar as soluções de negócios corporativos para as plataformas sem fio como os sistemas de dados e CRM, por exemplo.

O que é ideal a construção de uma plataforma própria de aplicativos móveis ou adoção da soluções de terceiros? Os especialistas recomendam a combinação de ambos. Em alguns casos, usuários podem tomar essas decisões por si mesmos.

A entrega de aplicativos para funcionários que abraçam o BYOD é outro caminho que as empresas precisam explorar. Uma alternativa é o modelo de loja de aplicativos para ser acessada pelos empregados. Grandes empresas como a IBM e a General Electric, por exemplo, construíram suas próprias lojas para oferecer aplicações personalizadas e recomendar soluções de negócio a seus colaboradores.

“As empresas maduras em boas práticas de mobilidade duplicam as margens operacionais e apresentam um crescimento de receitas três vezes superior às empresas com práticas de mobilidade médias", revela um benchmarking da SAP realizado no fim de 2012 junto de 300 clientes a nível global, em organizações de todas as dimensões e de setores.

No novo contexto da consumerização, a chave para o crescimento do BYOD é a criação de um modelo flexível. Segundo os especialistas, as empresas ainda têm muito o que aprender para lidar com essa mudança e obter sucesso na estratégia de mobilidade empresarial. Políticas e gestão dos recursos humanos e técnicos são os meios para alcançar os objetivos.

Empresas que apresentam um nível de maturidade superior evidenciam um conjunto de características comuns” como:

1 - a existência de uma estratégia de mobilidade para todos os departamentos e processos relevantes;

2 - normas definidas para os sistemas operacionais e uma plataforma confiável implementada; todas as questões de escalabilidade e segurança contempladas;

3 - política de segurança forte e bem documentada, monitoração centralizada e excelentes mecanismos de autenticação dos dispositivos móveis; 

4 - envolvimento do usuário final logo no início do ciclo de desenvolvimento e também na fase de feedback; formação nas novas aplicações e nas questões relacionadas com a tecnologia sem fios; acesso móvel a todas as aplicações empresariais. 

Fonte:

Nenhum comentário: