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terça-feira, 17 de maio de 2011

Em TI, o que não se mede não se gerencia

Governança de TI é um conjunto de normas e processos para trazer transparência e indicadores de desempenho para a área de TI nas empresas. Mas há sempre o risco de errar no essencial.

Seguindo a exigência de mercado por transparência, redução de risco e maior controle, após os escândalos contábeis de superorganizações consideradas até então livres destes riscos, iniciou–se a instituição de processos e normas que em conjunto foram denominadas de Governança Corporativa.



Com o mesmo intuito, a área de TI das empresas vem investindo esforços e recursos financeiros, em volume considerável, para instituir o que foi denominado de Governança de TI. É uma iniciativa bem–vinda, pois ao trazer transparência às suas atividades e resultados,
desmistifica muitas crenças de uma área por muito tempo considerada uma caixa preta dentro das organizações.



As empresas que investem no desenvolvimento da governança têm utilizado, em sua maioria, o CobiT (Control Objective of Information and Related Technology) como padrão de estrutura de indicadores de desempenho para a área de TI.



A padronização tem como benefício criar a possibilidade futura de comparações entre organizações em bases semelhantes, mas o principal benefício da Governança, ou em outros termos, da utilização de indicadores como ferramenta de apoio à tomada de decisão é o desenvolvimento da cultura gerencial que se baseia na expressão “O que não se mede não se gerencia”.



Tudo parece caminhar muito bem, mas cuidado com as armadilhas. Elas existem. A principal delas é a falta de consciência de que a instituição da governança se torna uma poderosa ferramenta de gestão, se bem definida e utilizada.



Quando ocorre este desvio de entendimento, a utilização da governança desliza para terrenos pouco produtivos, já percorridos por outras ferramentas, como a própria
certificação ISO 9000. Para muitas organizações, a certificação ISO 9000 teve a função principal e errônea de ser apenas um selo de marketing, quando seu principal objetivo é ser uma ferramenta de gestão.



Da mesma forma, a governança de TI começa a ser vista por algumas organizações mais como uma ferramenta de divulgação da excelência organizacional de TI do que como uma ferramenta de apoio efetivo aos seus gestores.



Existe um longo caminho ainda a ser percorrido. Quando abordamos processos de gestão, quaisquer que sejam eles, estamos tratando essencialmente com a cultura e conseqüentemente com o ser humano. Não se muda a cultura de uma pessoa e menos ainda de um grupo de forma repentina. A instituição da governança deve ser entendida como uma nova forma de gestão, para que possamos extrair tudo que ela possa nos dar.



A gestão por indicadores apresenta algumas características:



1. A gestão deve estar focada no que for medido;

2. Tudo o que é importante deve ser medido;

3. Nem tudo é importante em um processo;

4. Toda medida deve estar associada a uma tomada de decisão;

5. Os critérios e alternativas da tomada de decisão devem ser bem conhecidos;

6. Os itens anteriores devem ser revistos periodicamente.



Poucas empresas possuem a cultura para seguir estes passos. Em conseqüência, o sinal amarelo é um alerta muito valioso para que as empresas não gastem recursos escassos sem o melhor retorno. E também para a própria governança, que se coloca no risco de ser julgada como uma ferramenta de resultados medíocres pela má utilização de seus conceitos.



Pergunta:

Gostaria de entender essa frase. Qual seu significado. “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não hásucesso no que não se gerencia”.
Obrigada



Resposta:
Sandra, na frase que citas estão arrolados todos os fundamentos de gestão: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não hásucesso no que não se gerencia”.
Todo gerenciamento deve ser factual, ou seja, decisões devem ser tomadas com base na observação de fatos que devem ser medidos, formando uma base numérica que favorece a análise dos mesmos.
Não há a menor possibilidade de medirmos aquilo que não temos a idéia clara de funcionamento. Em um ambiente organizacional, o mapeamento dos processos deve representar as atividades da empresa, sendo eles os alvos de medições para análise.
Para que os processos possam ser mapeados juntamente com suas interrelações, eles devem ser entendidos e reconhecidos dentro da organização.
Por fim, a conclusão é perfeita: não se consegue sucesso sem gerencia, pois o gerenciamento envolve:
- ter plena consciência dos métodos atuais, de seus índices de eficiência e eficácia, das análises críticas sobre estes índices
- elaborar planos de ação visando as correções de rumo necessárias visando o atingimento dos objetivos da organização.
- medir os resultados obtidos com as ações realizadas
- replanejar novamente.
Ou seja, ter um PDCA ativo e real.
Espero ter te auxiliado.
Um abraço. Alexandre.




Fonte: http://webinsider.uol.com.br/2004/11/29/em-ti-o-que-nao-se-mede-nao-se-gerencia/